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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Prefeitura de São José dos Campos tenta encobrir violência policial no Pinheirinho

(do Transparência SP)

O silêncio da grande mídia sobre os detalhes e desdobramentos absurdos da "operação de guerra" executada pela Justiça e pelo Governo paulista no bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos, representa mais um indício claro da violência cometida. Este silêncio ensurdecedor se parece e muito com as denuncias da "Privataria Tucana".
Agora surge a denúncia de que a Secretaria de Saúde de São José dos Campos estaria acobertando o real estado de uma das vítimas da barbárie do Pinheirinho. O morador estaria na UTI do Hospital Municipal, vítima de agressões da PM, mas o diretor do hospital, sob ordens do secretario de saúde, se recusaria a entregar cópia do Boletim de Atendimento de Urgência.
Quanto mais se aprofunda nas investigações, mais vemos o horror e a barbárie.

Morador do Pinheirinho espancado por PMs está em coma na UTI

(do site Vi o Mundo, por Conceição Lemes)
Localizada mais uma vítima da violência policial na reintegração de posse do Pinheirinho, ocorrida no dia 22 de janeiro.
É o aposentado Ivo Teles dos Santos, 69 anos (14/02/1942), natural de Ilhéus (BA), RG 27106829-2, que morava sozinho no Pinheirinho, numa região chamada Cracolândia.
Ele está em coma, entubado, na UTI do Hospital Municipal de São José dos Campos, desde o dia 22 de janeiro.
“O senhor Ivo foi espancado por policiais militares no dia da reintegração de posse”, denuncia Renato Simões, conselheiro do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), onde representa o movimento nacional de direitos humanos. “Várias testemunhas viram-no ser espancado, depois ser levado para dentro do Pinheirinho.”
Neste sábado à tarde, 4 de fevereiro, Renato Simões, o deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP) e Antonio Donizete Ferreira, conhecido como Toninho e um dos advogados dos ex-moradores do Pinheirinho, estiveram na UTI do Hospital Municipal de São José dos Campos, onde comprovaram que Ivo está lá mesmo.
Eles, o defensor público Jairo Salvador, os vereadores Amelia Naomi e Tonhão Dutra e Aristeu Neto, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-São José dos Campos, conversaram com dona Osorina Ferreira de Souza (na foto abaixo, de vestido rosa, bolsa cinza) com quem o aposentado viveu durante muitos anos. Ela também morava no Pinheirinho.
“A dona Osorina desmaiou no dia da desocupação, foi parar no pronto-socorro”, prossegue Simões. “Só no dia 23, quando foi levada para um dos abrigos da Prefeitura, ela soube que o ex-companheiro tinha sido espancado. Como é muito doente, não teve condições de procurá-lo. Outro ex-morador do Pinheirinho tentou fazer isso por ela, mas não obteve sucesso.”
No dia 27 de janeiro, ele foi incluído na lista dos desaparecidos. Mas, apenas nessa sexta-feira, 3 de fevereiro, depois de peregrinar por diversos lugares, dona Osorina descobriu o paradeiro do ex-companheiro. Como é sua procuradora, foi ao posto da Previdência Social na cidade. Lá foi orientada a procurar o Hospital Municipal da cidade, onde finalmente o encontrou.
“Por volta das 16 h deste sábado, nós pedimos ao hospital o Boletim de Atendimento de Urgência (BAU), que é onde está relatado como Ivo chegou lá, a direção nos negou”, revela Simões. “Disse que só sob ordem judicial.”
Depois de quase três horas de canseira – mais exatamente às 18h50 – o hospital entregou apenas um relatório assinado pelo médico de plantão, doutor Luis Carlos Nacácio e Silva, CRM 70-867. O relatório (imagem abaixo) informa que o senhor Ivo teria dado entrada no hospital no dia 22 de janeiro, às 18h30, com “quadro confusional e crise hipertensiva”; a “tomografia de crânio evidenciou AVCH (acidente vascular cerebral hemorrágico)”.



“Nós não aceitamos esse relatório, queremos o BAU, que descreve as agressões sofridas pelo ex-morador do Pinheirinho”, avisa Simões. “No final da tarde, um policial entrou na UTI, perguntando pelo prontuário do Ivo.”
Neste sábado, integrantes do Condepe, da Defensoria Pública do Estado, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-São de José, o deputado Adriano Diogo (presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa) e os vereadores Tonhão Dutra, Amélia Naomi e Wagner Balieiro ficaram horas no hospital. Eles exigem que o seu administrador, Marcelo Guerra, entregue o BAU.
A recusa do Hospital Municipal, administrado pela OSs SPDM, foi justificada como interferência direta de Danilo Stanzanni, Secretário da Saúde de São José.
Caso a sonegação de informações permaneça, as entidades e parlamentares irão registrar boletim de ocorrência na polícia local. A reportagem abaixo, publicada no O Vale, no dia 23 de janeiro, irá junto.



Será que o doutor Nicácio e Silva depois de ler essa matéria de O Vale manteria o seu relatório?
Será que ele sabia que o paciente foi hospitalizado com traumatismos?
Por que não fez qualquer menção no relatório, já que descreve o quadro do aposentado ao dar entrada na emergência?
Supondo que, coincidentemente, o senhor Ivo tenha tido também um AVCH, por que “ignorar” os machucados no relatório, afinal compõem o quadro completo do doente?
Até que ponto a violência sofrida não contribuiu para elevar a pressão arterial do senhor Ivo, favorecendo o acidente vascular cerebral? A hipertensão arterial é um fatores de risco para AVC e ele era hipertenso.
Se não há nada esconder, por que o secretário da Saúde de São José dos Campos interferiu para que o BAU não fosse fornecido à comissão de entidades e parlamentares que o estão requisitando?
Será que o doutor Nicácio deixaria de reportar os traumatismos do senhor Ivo se fosse chamado a prestar esclarecimentos no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp)?


Pinheirinho: Alckmin só se “preocupou” com o social após despejo de moradores

(do Transparência SP)

Novas informações relevantes estão surgindo o tempo todo. Agora revela-se que as chamadas "ações sociais emergenciais", como o "aluguel social", só foram assinadas entre a Prefeitura de São José dos Campos e o Governo Alckmin depois da "operação de guerra" executada pela PM no Pinheirinho.
O planejamento de quatro meses, segundo o Senador Aloisio Nunes, pelo que podemos observar, ficou restrito à operação militar desencadeada pela PM. As ações sociais seriam deixadas de lado. Com a repercussão negativa, foram feitas às pressas.

Pinheirinho: Alckmin só se “preocupou” com o social após despejo de moradores
 
(do site VI o Mundo, por Conceição Lemes)
Na última quarta-feira, a Folha de S. Paulo publicou na página 3 o artigo “As mentiras do PT sobre o Pinheirinho”.
Entre outras coisas, o senador do PSDB de São Paulo afirma que é mentira que “não houve estrutura para abrigar as abrigar as família” e que “nada foi feito em São Paulo para dar moradia aos desabrigados”.
A verdade, segundo Aloysio:

"A operação foi planejada por mais de quatro meses, a pedido da juíza. Participaram PM, membros do Conselho Tutelar, do Ministério Público, da OAB e dos bombeiros. O objetivo era garantir a integridade das pessoas e minimizar os danos. A prefeitura mobilizou mais de 600 servidores e montou oito abrigos. Os abrigos foram diariamente sabotados pelos autodenominados líderes dos sem-teto, que cortavam a água e depredavam os banheiros".

A operação de repressão pode ter sido mesmo, zelozamente, planejada há quatro meses. O forte e pesado aparato policial que atuou na desocupação do Pinheirinho, na madrugada de 22 de janeiro, não se organiza de uma hora para a outra.
Em compensação, escancarou o descaso do governo Geraldo Alckmin com o lado social. A operação para cuidar da moradia das 8 mil pessoas que lá moravam só começou a ser implementada depois de elas já tirem sido jogadas literalmente na rua.
Apenas no dia 26 de janeiro, portanto, quatro dias depois a violenta desocupação do Pinheirinho é que foi firmado convênio entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB) para a transferência de recursos para a concessão do chamado aluguel social até 500 reais para os ex-moradores.
Curiosamente, o anúncio do auxílio aluguel ocorreu no mesmo em que o governo federal disse estar estudando a expansão do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida aos moradores que viviam no terreno de Pinheirinho. A proposta foi levada no dia 24 de janeiro ao Advogado-Geral da União, Luiz Inácio Adams, pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
O convênio entre a o governo do Estado e a Prefeitura de São José dos Campos foi publicado na página 3 do Diário Oficial do Estado de 1º de fevereiro de 2012. Abaixo o resumo do extrato do convênio.

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