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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Emendas parlamentares foram autorizadas pelo governador do Estado de SP

Balcão de negócios

Denúncias de corrupção, lobby e venda de emendas parlamentares na Assembleia Legislativa de São Paulo colocam sob suspeita os 94 deputados estaduais

(da Revista Isto É, por Alan Rodrigues e Pedro Marcondes de Moura)

 
Se o caixote modernista de 36 mil metros quadrados que abriga a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no Parque do Ibirapuera, estivesse pintado de preto, ele seria uma redundância. A atividade dos 94 deputados estaduais paulistas, que administram um orçamento de R$ 700 milhões, é uma notável caixa-preta. Pouco se sabe do que acontece lá dentro. Até a identidade das mais de três mil pessoas empregadas na Assembleia só será divulgada depois de uma decisão judicial do Supremo Tribunal Federal – durante 11 anos, os parlamentares recorreram contra a divulgação. Agora, no entanto, uma leve luz foi jogada sobre o funcionamento do Parlamento por um de seus mais ilustres integrantes. Com a experiência de quem cumpre seu sexto mandato, o deputado Roque Barbiere (PTB) disse, numa entrevista ao jornal “Folha da Região”, do interior paulista, que boa parte de seus colegas vive e enriquece com a venda de emendas parlamentares. A Assembleia não passaria de uma casa de negócios. “Não é a maioria, mas tem um belo de um grupo que vive e sobrevive e enriquece fazendo isso”, denunciou Barbiere. Sem rodeios, ele disse que 25% a 30% dos colegas negociam emendas e fazem lobbies para empresas. O deputado não deu nomes nem citou fatos que confirmassem suas denúncias, mas ninguém se dispõe a contraditá-lo de frente. Roquinho, como é conhecido, sabe bem como ocorrem as tramitações das emendas orçamentárias na Casa – solicitação de liberação de recursos encaminhada por cada parlamentar ao governo estadual.

É prática na Alesp que cada deputado estadual tenha R$ 2 milhões anuais para destinar à área que quiser, da compra de um simples equipamento médico até a construção de uma estrada. De acordo com a denúncia, os parlamentares se aproveitam desse subterfúgio para embolsar dinheiro, muito dinheiro, de comissão das prefeituras, entidades e empresas recomendadas para execução das obras e compra de materiais. Na verdade, as emendas do orçamento são como o toma lá dá cá da política brasileira. Na versão paulista, os deputados se locupletariam com o dinheiro público sem medo de ser identificados, já que não existe transparência pública por parte do governo estadual e tampouco da Assembleia na liberação das verbas, a não ser quando as emendas são destinadas à área social, como Ongs, publicadas no “Diário Oficial” do Executivo e Legislativo. O “Diário Oficial” deixa de publicar o nome dos responsáveis de várias solicitações (leia quadro). A falta de informações sobre as emendas é tão escabrosa que a deputada Vanessa Damo (PMDB) teve que recorrer, em abril deste ano, ao “Diário Oficial” para questionar o governo, do qual ela faz parte da base, sobre a liberação, ou não, de uma solicitação feita em 2009.
Obscuro ou não, o certo é que a de­núncia ganhou ainda mais substância depois que veio a público uma entrevista do secretário de Meio Ambiente do Estado, deputado estadual licenciado Bruno Covas. No áudio, ele diz que um prefeito o procurou para repassar a comissão de uma emenda de sua autoria, o que ele não aceitou. O tucano, que esta semana disse ter sido mal interpretado, não foi, no entanto, o único a sofrer esse tipo de assédio. O deputado Major Olímpio (PDT) confirmou à ISTOÉ o escândalo. “Coloquei uns cinco (lobistas) para fora da minha sala. Eles falam em contribuições ou contrapartidas políticas, um jeito mais suave de chamar propina”, diz Olímpio. “São muito graves essas denúncias”, diz o parlamentar Geraldo Cruz (PT). Autor do pedido de uma CPI para investigar o caso, até a quinta-feira 28 o petista já colecionava 29 das 32 assinaturas necessárias para a abertura das investigações.

Os estilhaços atingiram também o Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo estadual. Afinal, parte do governador a autorização para liberação dos recursos. Num primeiro momento, o governador Geraldo Alckmin desqualificou as denúncias. Agora, já admite a falta de transparência e anuncia medidas para minimizar os problemas. Oito meses antes de o escândalo vir a público, Barbiere questionou formalmente a Casa Civil do governo de São Paulo sobre quais deputados destinaram emendas a entidades e obras públicas. Até hoje, não recebeu resposta. O secretário da Casa Civil do Estado, Sidney Beraldo (PSDB), afirmou, na quinta-feira 28, que Alckmin determinou o levantamento dos convênios oriundos de emendas parlamentares assinados em 2011 para encaminhamento à Assembleia como forma de contribuir com as investigações e ordenou “transparência total” em relação às emendas, publicando-as em sites oficiais com a indicação dos deputados que as solicitaram. O secretário admitiu, porém, que o levantamento que está sendo feito contempla apenas os anos de 2009, 2010 e 2011. Disse não saber se teria como pesquisar os anos anteriores. A resposta é simples: abram-se os arquivos.

Falta de transparência no Estado de SP encobre falta de republicanismo na liberação de emendas parlamentares.

(do Transparência SP)

A falta de transparência das emendas parlamentares dos deputados paulistas tinha como objetivo esconder a falta de republicanismo do governo estadual.
Na verdade, os deputados governistas receberam valores muito superiores aos deputados da oposição.
A reportagem abaixo revela esta situação concreta no Estado de SP.
Cumpre registrar que a oposição estadual sempre apresentou emendas às leis de diretrizes orçamentárias exigindo a instalação de um sistema de acompanhamento da execução das emendas parlamentares (como ocorre no Congresso Nacional e na Câmara Municipal de SP, por exemplo).
A bancada governista sempre vetou esta medida de transparência, a pedido do governo paulista.
Foram protagonistas destes vetos, nos últimos anos, os deputados Samuel Moreira (PSDB), Roberto Engler (PSDB) e Bruno Covas (PSDB), bem como os governadores Alckmin, Serra, Lembo e Goldman.
Estes são os aspectos políticos mais relevantes referentes ao "escândalo das emendas parlamentares".


Aliados de Alckmin concentram verba em São Paulo

(do UOL)

Os dois partidos que sustentam a coalizão do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) receberam metade (49,1%) dos recursos liberados pelo Palácio dos Bandeirantes para emendas apresentadas neste ano pelos deputados estaduais paulistas.
Os números constam de levantamento obtido pela Folha. Os dados oficiais só serão liberados hoje.
Juntos, PSDB e DEM conseguiram R$ 9,3 milhões para financiar projetos escolhidos por seus parlamentares --22 tucanos e oito democratas. Eles representam 32% da Assembleia Legislativa.
Já o PT, que faz oposição a Alckmin e tem a maior bancada da Casa (24 cadeiras, ou 25,5% do plenário), recebeu 13,1% do total repassado pelo governo, R$ 2,49 milhões.
O partido controla 25,5% das cadeiras da Assembleia.
Os outros dois partidos de oposição, PC do B e PSOL, receberam apenas R$ 60 mil. Juntos, eles contam com três deputados estaduais (3,1% do total de parlamentares).
Os tucanos conseguiram o maior entre os partidos governistas: R$ 5,78 milhões.
O DEM aparece em segundo lugar, com R$ 3,52 milhões. O PV, que tem a terceira maior bancada (9 deputados) e também apoia o governador Alckmin, obteve R$ 1,46 milhão.
É a primeira vez que o governo do Estado dará publicidade a esses gastos. A medida é uma resposta ao escândalo deflagrado pelo deputado Roque Barbiere (PTB).
Em entrevista ao jornal "Folha da Região", ele afirmou que de 25% a 30% dos parlamentares enriqueceram negociando emendas com prefeituras e fazendo lobby para empreiteiras.
Até então, era possível acessar apenas o valor repassado a cada município, sem no entanto, identificar quem destinou os recursos.
No total, os 94 parlamentares conseguiram a liberação de R$ 18,9 milhões desde janeiro. Outros R$ 26,1 milhões foram pagos em 2011, mas os valores são referentes a emendas da legislatura anterior, durante o governo de José Serra e Alberto Goldman (ambos do PSDB).
A lógica de privilegiar aliados repete-se em plano federal. No governo Dilma Rousseff, parlamentares do PT e PMDB, as principais legendas da base aliada, são os campeões em liberação de emendas. Proporcionalmente, o PTB, que também apoia Geraldo Alckmin, foi a sigla que mais recebeu recursos do governo.
Seus quatro parlamentares, receberam R$ 2,12 milhões --média de R$ 530 mil para cada um.
Roque Barbiere, que deflagrou a crise na Casa, conseguiu liberar R$ 450 mil.
Os deputados deram preferência à indicação de verbas para prefeituras e Santas Casas. Foram R$ 11,3 milhões para municípios e R$ 5,7 milhões para as entidades.
Cada parlamentar tem direito a indicar R$ 2 milhões em emendas por ano.
Havia, no início deste ano, uma articulação dos deputados para elevar esse valor até R$ 5 milhões anuais.
Com o escândalo, o governo conseguiu argumento para derrubar essa articulação.

Alckmin privilegia prefeitos do PSDB ao liberar emendas



(da Folha On line)
O governo de Geraldo Alckmin liberou 40% do total de recursos das emendas dos deputados estaduais para municípios administrados pelo seu partido, o PSDB, informa reportagem de Silvio Navarro e Daniela Lima, publicada na Folha deste sábado (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
As emendas somam R$ 45 milhões, sendo R$ 18,9 milhões de recursos do Orçamento deste ano e R$ 26,1 milhões de atrasados do ano passado que só sairão agora --chamados de "restos a pagar" no jargão do Orçamento.


Aliados de Alckmin concentram verba em São Paulo
A polêmica a respeito da liberação de emendas parlamentares em São Paulo começou após o deputado Roque Barbieri (PTB) afirmar, em entrevista ao jornal "Folha da Região", que de 25% a 30% dos parlamentares enriqueceram negociando emendas com prefeituras e fazendo lobby para empreiteiras. Ele, no entanto, não citou nomes. O Conselho de Ética da Assembleia vai investigar a acusação.
Reportagem da Folha de sexta-feira (30) mostrou que os dois partidos que sustentam a coalizão do governo de Geraldo Alckmin receberam metade (49,1%) dos recursos liberados pelo Palácio dos Bandeirantes para emendas apresentadas neste ano pelos deputados estaduais paulistas.
Juntos, PSDB e DEM conseguiram R$ 9,3 milhões para financiar projetos escolhidos por seus parlamentares --22 tucanos e oito democratas. Eles representam 32% da Assembleia Legislativa.
Dos dez que mais conseguiram indicar recursos do orçamento deste ano até agora, nove são de partidos aliados de Alckmin.

Governo paulista antecipa inaugurações e causa transtornos à população.

(do Transparência SP)

Já se tornou repetitivo.
O governo paulista, pressionado pelo atraso de décadas nos investimentos em infraestrutura, vem buscando antecipar em alguns meses o cronograma de inauguração de grandes obras. Para fins de "marketing eleitoral", o resultado tem sido importante. Para a qualidade do serviço público oferecido à população, um desastre.
Relembrando, foi assim na inauguração antecipada do Rodoanel trecho sul, sem sinalização, segurança ou "sinal" de telefonia celular, provocando inúmeros problemas aos usuários.
Também na inauguração às pressas da Nova Marginal Tietê, a população se deparou com falta de sinalização e iluminação, situação esta que provocou inúmeros acidentes graves.
Finalmente, nesta semana, a antecipação do cronograma de inauguração das estações Luz e República da Linha 4 - Amarela já provocou duas panes no sistema, com a suspensão da operação da linha.
Diante deste padrão de atuação do Estado, resta saber onde está o Ministério Público Estadual.

Seis meses após inauguração, trecho sul do Rodoanel não tem telefones de emergência nem sinal de celular

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/09/30/seis-meses-apos-entrega-trecho-sul-do-rodoanel-nao-tem-telefones-de-emergencia-e-sinal-de-celular.jhtm

Ampliação da marginal Tietê é inaugurada sem sinalização
http://www.band.com.br/noticias/transito-sp/noticia/?id=282395


Pane fecha linha amarela por 4 horas e prejudica 75 mil

http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u985178.shtml


SPTV
Vídeo: Problema na linha amarela dificulta a vida dos usuários em SP
Durante toa a manhã desta segunda-feira, a linha amarela do metrô ficou paralisada devido a problemas e causou transtornos para os usuários
http://g1.globo.com/videos/sao-paulo/v/problema-na-linha-amarela-dificulta-a-vida-dos-usuarios-em-sp/1650031/#/SPTV


Folha
Após problema no metrô, governo de SP cobra plano contra pane
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) determinou ontem a elaboração de um plano de contingência, em até 15 dias, para agilizar a tomada de decisões no caso de panes na linha 4-amarela do metrô.
A decisão foi tomada após a própria gestão tucana admitir a falta de articulação para definir se a linha 4 deveria ficar totalmente fechada em razão da pane
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/985171-apos-problema-no-metro-governo-de-sp-cobra-plano-contra-pane.shtml

Placa na USP chama golpe militar de 'revolução de 1964'

TSP: Homenagem minha ao pichador, que não permitiu que o absurdo não passasse despercebido (ou sem resposta). Foi mesmo um "erro", reitoria? (e agora a Reitoria da USP não tem nomes?)

Uma placa que indica a construção de um monumento em homenagem aos mortos e desaparecidos da ditadura chama o golpe militar de "revolução de 1964".
A obra, na Cidade Universitária da USP, é parte de parceira entre a universidade e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.
Ela é patrocinada pela Petrobras tem custo estimado em R$ 89 mil.
O termo "revolução" é usado por militares que negam que tenha havido uma ditadura no país de 1964 a 1985.
Segundo a secretaria, a obra faz parte do projeto "Direito à Memória e à Verdade", que inclui a criação da Comissão da Verdade.
"Considero o termo utilizado um absurdo. Farei contato com o reitor para mudar imediatamente a inscrição", disse a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos).
A reitoria da USP diz que houve falha na confecção e que o "erro será corrigido o mais rápido possível". Procurada, a Scopus Construtora, responsável pela obra, não se pronunciou.

Diego Shuda/Folhapress
Placa de obra na USP com o termo 'revolução' rabiscado e a palavra 'golpe' escrita embaixo
Placa de obra na USP com o termo 'revolução' rabiscado e a palavra 'golpe' escrita embaixo







     
   

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Memórias do Saqueio: como o patrimônio construído com o trabalho e os impostos do povo paulista foi vendido
 
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